A história – desconhecida – de uma foto

Eu conheço a Luciana há uns 15, 16 anos. O Carlos apareceu na minha vida bem mais tarde, lá pelos idos de 2005, na época em que aprendi que minha sala de oitava série cheia de rostos conhecidos e amigos unidos tinha acabado e que o tão temido Ensino Médio podia ser incrível e cruel na mesma medida.

Os dois sempre foram amigos muito próximos – não só de mim, mas também entre si -, mas assim como aconteceu com a maioria dos meus amigos daquela época a vida acabou nos levando pra destinos diferentes. A distância aumentou e a amizade também, mas nem por isso esqueci dos dois eu deixei de me comunicar com eles de alguma maneira. Facebook tá aí pra isso, né gente?

Mas há algumas semanas uma coisa no mínimo bizarra aconteceu. A Luciana me enviou uma foto no facebook que eu nunca tinha visto, preta e branca e datada de 1953.

Uma foto com três rostos desconhecidos.
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Três rapazes possivelmente amigos em uma foto de final de semana? Três caras que estudavam juntos e que tiveram uma foto batida assim aleatoriamente? As teorias são muitas, mas fico me perguntando se naquela época era tão comum assim bater fotografia a la vonté, ou se esse tipo de coisa ficava reservada apenas para ocasiões especiais. E reparem nos detalhes, no fundo da foto! É uma foto montada, ensaiada…

Mas o fato é que essa foto que completa 60 anos de vida agora em 2013 tem muito a ver comigo, mesmo que eu não soubesse disso antes de vê-la.

Essa foto fala um pouco sobre a minha vida, e sobre a vida da Lu e sobre a vida do Carlos.
Isso porque o homem da esquerda, sentado em cima do cavalinho é o avô da minha amiga. No centro, meu avô, em um dos únicos retratos onde tive a oportunidade de vê-lo tão jovem. Na ponta direita, para fechar o trio, o tio-avô do Carlos.

Como eu disse, não sabemos em que circunstância essa foto foi tirada, mas dos três, o único ainda vivo é meu avô, o único que talvez possa me explicar sobre essa coincidência maluca de 60 anos depois eu estar aqui vendo essa foto e localizando três famílias diferentes unidas em gerações diferentes.

No Natal, quando for para a casa dos meus pais festejar, pretendo levar a foto comigo e, quem sabe, descobrir um pouco mais sobre ela.

Pra mim nunca fez tanto sentido pensar em como esse mundo é pequeno.

Um capuccino, por favor

Eu tenho um amor meio doido por cafeterias.

É claro que não é só pelo café/capuccino, apesar de eu realmente achar que não há vida sem eles, mas pra mim tem muito mais a ver com todo o ambiente do lugar. O aroma, os detalhes, as comidinhas, os livros (algumas têm e ganham muitos pontos positivos por isso); tudo influencia. Tanto é que sentar em uma cafeteria junto com o Diego, pedir um bom capuccino, alguma comida gordinha e ficar ali conversando por horas com ele deixa meu dia muito mais feliz. É só uma horinha do dia, mas se eu estiver chateada ou estressada por algum motivo parece até que funciona como um remédio. E se eu tô feliz, triplica a felicidade. Eu falei que era um amor meio doido, não falei?

Se eu vou sozinha pra cafeteria, já pego algum livro que tem no lugar ou algum que esteja dentro da minha bolsa (o “História da moda no Brasil” que eu to lendo agora, infelizmente,é impossível de levar, seja a bolsa do tamanho que for) e fico ali. Nem vejo o tempo passar. Parece cena de filme, eu sei, mas pra mim esses roteiristas é que não são bobos nem nada e resolveram passar uma das sensações mais deliciosas que a gente pode ter pra tela dos cinemas.

Mas daí que nessa minha curta vida de 22 anos de idade acabei conhecendo mais gente que é tão louca quanto eu por cafeterias. Do tipo que vai pra Curitiba e visita umas 10 cafeterias em uns poucos dias de viagem. Podem acreditar! E comecei a pensar que se tivesse dinheiro pra investir em um projeto grande e que não tivesse nada a ver com minha profissão eu provavelmente abriria um café (ou uma luderia, porque eu também já pensei nisso haha). Não precisava ser enorme, mas seria com todos os detalhes que eu prezo nesses lugares. Com toda uma mobília delicada e condizente com a decoração, com os livros nas estantes bem à vista, com paredes cheias de referências à magia do café e, claro, com uma área ao ar livre.

Enquanto “minha cafeteria” fica só nos sonhos e planos, eu vou visitando todas as que passam pelo meu caminho e fica tudo registrado aqui. Se alguém tiver mais contribuições pra colocar, eu vou amar ter novos lugares pra visitar, sejam eles onde forem. E pra quem ainda não tomou o café da tarde de hoje, bora pra alguma cafeteria?

;*

With a little help from my friends

Eu podia fazer um post todo frufuzinho pra falar sobre o quanto essas pessoas são importantes na minha vida, mas nem quero fazer isso. Ou melhor, nem preciso fazer. Esse tipo de coisa a gente mostra no dia a dia, in real life, no cara a cara.

Mas que eu queria guardá-los todos em um potinho, ah, isso eu queria!

With a little help from my friends – The Beatles ♫

Um passo de cada vez

Diferente da maioria do meus amigos de escola, a minha época do ensino médio não foi uma fase difícil de escolhas profissionais. Enquanto quase todos quebravam a cabeça pra descobrir qual o bendito curso de vestibular queriam prestar, eu já tinha bem definido em mente que queria jornalismo. Apesar de tudo isso, dessa certeza que há muito tempo me acompanhava, sentia uma certa angústia ao saber que uma fase estava acabando e outra, necessariamente, começando. Era um degrau a mais que eu iria subir, fosse ele em São Paulo ou em uma cidade interiorana, com gente que entraria pra sempre na minha vida e com tantas outras que eu não queria deixar pra trás.

Acho que todo mundo passou por isso. Pode não ter entrado em crise, não ter chorado de desespero por cada teste vocacional que fez ou por cada nova palestra que assistiu e que embaralhou ainda mais sua cabeça confusa. Pode não ter rolado tudo isso, mas garanto que em algum momento desse caminho, nem que uma única vez, todo mundo se perguntou o que esperar do futuro.

A gente traça metas, cria expectativas, tenta prever como será cada novo passo, mas em uma época onde tudo isso se mistura a difícil fase da adolescência, as coisas ganham um significado ainda maior, com o triplo de angústias e problemas.

Uma boa dose desse nervosismo vem da própria família, da própria escola. É óbvio que eles estão aí pra apoiar, pra mostrar que sim, não dá pra escolher uma profissão no cara ou coroa, mas quase sempre essa época é pintada de uma maneira tão apocalíptica que a gente cria mais medo e insegurança desse período do que das próprias escolhas que a gente tem que fazer.

Uns bons anos depois, agora é a faculdade quem dá um tchau ainda meio acanhado pra mim. Sei que ainda faltam longos meses até tudo acabar. Longos porque nesses meses tem a produção do TCC, que traz, na mesma medida, uma boa dose de responsabilidade e controle do seu tempo com a sensação de se estar produzindo algo incrível. Longos porque eu não vejo a hora de me formar, com toda a sinceridade que esta que vos escreve tem. Longos e ironicamente curtos também, porque muita gente que se revelou querida ao longo desses anos também parte agora para outros lugares. E foi exatamente aí, quando tentei pensar com calma e sensatez nisso tudo que estou vivendo, que tive a visão de mim mesma há cinco anos, no último dia de aula do terceiro colegial.

O lugar mudou, as pessoas mudaram, a minha certeza do que quero pro meu futuro ainda é uma certeza bem traçada faz tempo, mas percebi que essa fase de agora, de sair da faculdade e dizer “sou formada”, tem o mesmo gosto (ou talvez até mais apurado) de desconfiança que aquela outra fase. As pessoas costumam falar tanto da escolha do curso na vestibular, mas e a escolha de vida, a escolha de carreira que a gente faz quando a faculdade termina?

Já fiz minhas listas, já fiz meus planos, já tenho tudo muito bem traçado aqui em mente, assim como tinha naquela época, mas assim como naquela época, hoje eu também sinto um misto de ansiedade e frio na barriga pelo desconhecido. Pelo próximo degrau dessa longa escada.

Ps: Obrigada a Babi pelas conversas sempre tão reconfortantes.

Um céu mais azul

Há pouco mais de três meses eu comentei aqui que havia ganhado um presente lindo de final de ano. E há pouco mais de dois meses esse presente virou realidade.

Não sei se isso funciona do mesmo jeito pra todo mundo, mas na minha vida eu tenho sonhos profissionais tão grandes e importantes quanto os sonhos pessoais. E foi justamente no primeiro que eu fui presenteada em 2012.

Comecei a trabalhar na editora Alto Astral, na minha cidade tão querida que é Bauru. Melhor do que poder trabalhar na área que há quatro anos venho estudando e na profissão que eu tenho certeza absoluta de ter escolhido, é trabalhar com gente tão legal, tão querida, gente tão inteligente e que me faz aprender todo dia um pouquinho mais.

Como eu trabalho na área de segmentos, estagio na produção de várias revistas, o que me dá uma visão ainda maior de mercado e de como as revistas são tão importante na vida das pessoas. É assombroso ver o feedback que vem disso, dessa certeza de que você fez a diferença na vida de alguém. É motivador, acima de tudo. Mais bacana ainda é que faz alguns dias nossa equipe foi dividida em duas frentes, e eu e a Vivi (que tem se mostrado muito mais do que uma “simples” companheira de trabalho, mas também uma amiga mega querida), ficamos responsáveis pela parte de moda, beleza e comportamento. Apesar de todo mundo da equipe se ajudar o tempo todo, to adorando poder me dedicar a áreas que eu tenho um apreço ainda maior, que espero me especializar e levar pra minha vida.

É difícil explicar como é bom poder ter aula de mercado financeiro, poder entender como funciona a relação com as leitoras, poder fazer uma matéria que depois você vê impressa e dá até vontade de chorar. Ver um filho nascendo a cada revista que você fez e que chega na sua mão, com seu nome no expediente.

E nessas últimas semanas parece que a vida pessoal resolveu não ficar de lado e me presenteou com uma viagem com o namorado que há tempos venho sonhando. Mesmo que seja só no final do ano já que as reservas do hotel estão esgotadas até outubro (!), é bom sentir que me apaixono todo dia um pouco mais pelo Diego, saber que eu tenho meu melhor amigo e namorado na mesma pessoa. Saber que achei alguém que é tão bom e gentil comigo e que eu amo de uma forma sem explicação.

E como é bom poder planejar essas viagens, programar qual será a próxima cafeteria a ser conhecida no final de semana, programar coisas bobas e pequenas do dia-a-dia que fazem tanta diferença.  É um amor todinho maiúsculo. Também no pacote de coisas boas que a vida me reservou nesses últimos dias, veio um mega presente profissional para o Diego, que a partir da semana que vem também vai virar realidade.  =)

E ainda teve o show do Roger Waters (que espero virar post aqui), teve nosso dia de esportes radicais em Brotas, teve gente querida que a cada dia que passa têm se tornado ainda mais importante na minha vida.

É como sentir que, de repente, o céu é um pouco mais azul.

Little Stuffs

Tudo bem que o último post já teve meme, mas achei esse da Hello Lolla tão bacana que não teve como deixar passar.

REGRAS
• Write 11 (random) things about yourself on your blog;
• Answer the questions the tagger set for you and create 11 new questions for the people you tag;
• Choose the next 11 people to tag and link them on the post;
• Go to their page and tell them you have linked him or her;
• No tag backs;
• You must post these rules.

11 coisas aleatórias sobre mim:

  1. Achava gatos ‘chatinhos’ até seis meses atrás quando a minha apareceu na garagem e pronto, todo um amor descoberto.
  2. Não sei piscar com um olho só e nem encher bexiga (até eu perdoo a risada alheia por essa última, mas é total verdade).
  3. Sou alérgica a corante amarelo, pimenta, conservantes fortes e a grandes quantidades de peixe, carne de porco e chocolate :~
  4. Sempre deixo a geladeira abastecida com Danoninho e Yakult.
  5. Amo dançar. A qualquer hora e em qualquer lugar.
  6. Fico enjoada com cheiro de calda de pudim.
  7. Sonho com uma biblioteca particular.
  8. Não como feijão (exceção para o preto).
  9. Queria ter tempo para ver um filme por dia e ler um livro por semana.
  10. Adoro moda, adoro escrever sobre moda, pesquisar sobre moda, fazer da roupa uma total expressão do meu jeito e penso 311516615 antes de comprar qualquer peça.
  11. Sou viciada em cafeterias.

 

As 11 perguntas da Lolla:

1. Há quantos anos você tem esse blog? Pretende continuar ou já está cansando?

Em agosto de 2012 ele completa três anos (mas parece que foi ontem que eu resolvi deletar de vez o antigo e começar um novo pra acompanhar minha “vida nova”). Pretendo. Apesar de não escrever com a regularidade que queria, acho difícil eu deixar de ter um espaço para escrever, assim, sem compromisso e com total liberdade.

2. Carro: tem? Dirige? Qual a sua relação com automóveis?

Zero. Não tenho carro e nem carteira, apesar de há muito ter idade suficiente pra isso.

3. Qual é a sua peça de roupa mais detestada? Se tiver foto, melhor ainda.

Calça jeans. Tenho duas que uso atualmente por total necessidade profissional, mas odeio calças jeans. Acho tão mais gostoso poder usar vestidinhos e calças de alfaiataria (qualquer tecido leve já tá ok).

4. Corredor da morte, último dia. Qual seria sua última refeição? Pode pedir o que quiser.

Mon Dieu, que difícil! Mas fico com o strogonoff de frango.

5. Qual foi o pior livro que você já leu? (vale aquele que você nem conseguiu terminar)

Odeio deixar livros inacabados, mesmo que não tenha paciência para lê-los até o fim, mas abri uma exceção nesses 22 anos de vida: “Paula” da Isabel Allende. Antes que vocês soltem um sorriso de canto de boca pelo nome do livro, fica aqui registrado que ganhei o mesmo em um amigo secreto (não, não comprei o livro só porque ele tinha meu nome).

6. BBB: sim ou não? Por quê?

Não rola um tanto faz? Não tenho nada contra BBB. Já assisti algumas edições e outras não sabia nem que o programa tava no ar. Se não quer assistir, vai ver filme, ler um livro, lavar a louça… Tão simples.

7. Casa ou apartamento? Por quê?

Casa. Quando era pequena sonhava com o dia que moraria em um apartamento (e até hoje quando fico em um, rola uma vontadezinha), mas casa tem a vantagem do jardim e de poder criar minha gatinha – e meus futuros cachorros – numa boa.

8. Ganhou na loto. Fora os óbvios (ajudar família, comprar casa) qual seria seu primeiro gasto extravagante?

Uma longa (e linda) viagem. Roteiros é que não faltariam.

9. Como foi o melhor aniversário da sua vida?

O último foi muito bom. Faltou gente querida por perto, mas os presentes não-materiais que ganhei foram inesquecíveis.

10. Como você se vê na velhice? Ferrado e mal pago ou CVA (Curtindo a Vida Adoidado)?

Com meus sonhos – só alguns, porque ainda vou ter um montão – realizados, dividindo as pequenas coisas da vida com mon amour e fazendo de cada dia O dia.

11. Faça uma mixtape rápida (cinco faixas) para mim com o que você anda ouvindo ultimamente.

Hole in my soul – Aerosmith

Something – The Beatles

Sina – Djavan

Janta – Marcelo Camelo e Mallu Magalhães

I just  don’t know what to do with myself – White Stripes

Minhas 11 perguntas:

  1. A primeira coisa que pensou quando acordou hoje foi…
  2. Há quanto tempo não fala “eu te amo” para alguém?
  3. Doce ou salgado?
  4. Prefere caminhar ou correr quando começa a chover?
  5. Coleciona alguma coisa? O que?
  6. Acha datas importantes? Tem alguma ‘só sua’?
  7. Bicicleta, carro ou moto?
  8. Qual a maior besteira que já fez na sua vida?
  9. Quando era pequeno já tentou fugir de casa?
  10. Um sonho de consumo.
  11. Qual a parte do corpo preferida?

Os 11 indicados:

Vou seguir o exemplo da Lolla e deixar as escolhas em aberto. Se alguém quiser compartilhar o meme, posta o link aqui :}

Fotos: We heart it

22 anos, sejam muito bem-vindos

Hoje eu faço 22 anos. Não é uma data simbólica, ou pelo menos não tão simbólica quanto as outras. Quando você faz 15 anos tem aquela confirmação – ou pelo menos você se sente assim – de que não é mais criança. Chegou a fase da adolescência, a fase de um dos períodos mais legais pra você e irritante para os outros. Eu, pelo menos, tenho um certo pé atrás com essa fase da vida, quando a gente ainda tá descobrindo o que quer, quando acha que só o seu próprio umbigo importa e o resto do mundo tem um plano maligno contra você. É uma fase de descobertas, eu sei, mas é uma fase super crítica e acho que a sociedade em geral, e claro que eu me incluo nesse pacote, tem um problema grande em lidar com a adolescência alheia. Ou talvez, é claro, a adolescência alheia é que tenha um problema grande em lidar com a sociedade. O que deve ser mais verdade.

Daí chegam os 18 anos e você finalmente é… o que a gente é, afinal? Você sabe que agora pode fazer um monte de coisa que, no fundo, não quer dizer coisa nenhuma. Você continua sendo a mesma pessoa de antes, com as mesmas incertezas de antes, os mesmos objetivos de antes, apenas um pouco mais velha. Mas, querendo ou não, agora você tem 18 anos e pode, pelo menos, ter um certo orgulhinho de falar essa idade aos quatro cantos do universo.

Quando a gente faz 25 – penso eu que serei assim quando chegar lá – a gente sente um medinho lá no fundo de já soprar 25 velhinhas do bolo. Mas daí a gente olha pra trás e vê como é legal ter vivido tanta coisa diferente, e que aquelas 25 velhinhas representam uma imensidão de coisas, boas ou triste, impossível se de contar em um único dia.

Os 30 também tem lá seu charme, afinal são os 30! Uma data tão temida – só não tão quanto os 40 – por muita gente, enquanto pra outros, ah, é apenas mais uma data. Ou melhor. Apenas mais uma data significativa pelo tempo vivida, muito menos pelo número redondinho que teima em aparecer naqueles questionários que perguntam nossa idade.

Daí que nesse meio todo, os 22 anos não são tão simbólicos assim. Os dois patinhos na lagoa são uma idade meio nebulosa no meio de todos esses números. Só que pra mim, esses 22 anos são uma promessa de tantas coisas boas e de tantas mudanças extremamente significativas na minha vida, que os simbolismos que me perdoem. 22 anos, você é muito, muito bem-vindo por aqui! Mais do que bem-vindo, espero que você chegue quebrando as janelas, bagunçando tudo e fazendo um mega estrago (bom, é claro). Nada de quietude. Eu quero é fazer você valer a pena.

Procurando por fotos antigas de aniversário, descobri que muita coisa deve ter se perdido na mudança, mas ainda assim achei umas fotos dos meus primeiros aniversários que me deram vontade de investir em festas temáticas.

"O que que é isso, mãe?"

"O Pooh chegou?"

"Calma, ainda não"

"Agora pode"

E como eu nunca fiz nenhum meme de aniversário/final de ano aqui no blog, decidi que hoje era uma boa data pra começar.

Aqui embaixo, 5 eventos históricos, nascimentos, mortes e feriados do dia 10 de janeiro. Tem até Chanel na listinha.

10 de janeiro

Eventos históricos

49 a.C. – Júlio César atravessa o Rubicão, iniciando a guerra civil que opôs as suas forças às de Pompeu. Foi neste dia que ele pronunciou sua famosa frase: alea jacta est (a sorte está lançada).

1920 – Entra em vigor o Tratado de Versalhes para solucionar os problemas surgidos na guerra 1914–1918.

1929 – O jornal belga Vingtième Siècle publicou pela primeira vez uma tirinha com o menino-detetive Tintin, personagem criado pelo cartunista Hergé.

1946 – Americanos enviaram pela primeira vez um sinal de radar à Lua, recebendo um eco como resposta três segundos depois. O fato é considerado um prenúncio das comunicações por satélite.

1932 – Surge a grande criação de Walt Disney, o ratinho Mickey, é registrado e publicado pela primeira vez.

Nascimentos

1883 – Aleksey Nikolayevich Tolstoy, escritor de ficção científica russo (m. 1945).

1865 – Alfredo Ferreira Lage, advogado, fotógrafo e jornalista brasileiro (m. 1944).

1944 – Frank Sinatra Jr., cantor e compositor estadunidense.

1945 – Rod Stewart, cantor e compositor britânico.

1970 – Alisa Maric, enxadrista sérvia-estadunidense.

Mortes

1681 – João Batista Vieira, herói da Insurreição pernambucana

1951 – Sinclair Lewis, escritor estadunidense e prémio Nobel da Literatura (n. 1885).

1971 – Coco Chanel, estilista francesa (n. 1883).

1997 – Alexander R. Todd, químico inglês (n. 1907).

2007 – Carlo Ponti, cineasta italiano (n. 1912).

Feriados

Dia consagrado ao Bardo Geraint, personagem galês do Século IX.

Benin: Gozìn – Festa Anual de Agbê.

Dia de São Camilo

São Guilherme de Bourges (neto de Pedro, o Eremita)

Festa de São Gonçalo de Amarante

Hoje tem festinha pra comemorar, mas isso já é no próximo post ;)

And a happy new year

Vinda de uma família italiana, que preza pelas suas origens e carrega características da linhagem muito bem fáceis de identificar, já é mais do que normal que eu sempre me depare com festas animadas de final de ano. A mesa cheia, muita conversa e risadas, a tia que sempre chega atrasada, os amigos secretos em que uma pessoa sempre decide que ali será seu momento para soltar “the best joke” e todas aqueles detalhes que deixam o meu Natal e o Ano Novo momentos tão característicos e tão memoráveis nos meus dias.

Há três anos as coisas mudaram um pouco e aprendi a ganhar uma nova família, novos amigos e novos momentos que fizeram do meu Ano Novo um lugar e tempo um pouco diferentes do convencional.

Eu não quero fazer um post sobre o quão importante esses momentos, os que tenho há 21 anos de vida e os ganhei nesses últimos três anos, são pra mim. Isso fica guardadinho comigo e não tem nem como eu querer expressar a felicidade que tudo isso representa.

Mas aqui, enquanto escrevo e escuto os fogos de artifício lá fora (sim, eles começaram mais cedo esse réveillon), fico pensando que eu queria guardar todos esses dias em um potinho. Toda vez que num dia qualquer, numa tarde chuvosa lá pelo meio de maio eu quisesse lembrar um pouco do quanto dezembro me faz sorrir de orelha a orelha e do quanto essas duas festas são tão importantes para o meu calendário (DATAS são importantes <3), eu poderia abri-lo e reviver tudo aquilo por mais um dia.

Mas aí eu penso bem e acho melhor que seja assim, que essas lembranças fiquem na memoria da gente e apareçam só de vez em quando para dizer um olá, ocultando um ou outro detalhe que, infelizmente, nossa memória não é tão boa assim para guardar. Acho que dessa forma há uma graça ainda maior nesses dias, há ainda algo mais de especial no dia 25 de dezembro e no 31 de dezembro. Se eu pudesse reviver esses dias assim, a cada momento, será que eu aguardaria ansiosamente pela próxima data? Talvez sim, talvez não.

Eu apenas quero terminar meu 2011 sabendo que dezembro sempre será um mês mágico, um mês em que aguardarei  ansiosa assim como aguardava a chegada do papai-noel quando criança. Um mês que demora um longo ano pra se repetir, mas que faz valer a pena tanta espera. Melhor de tudo: quero terminar meu 2011 não revivendo cada Natal e cada Ano Novo da minha vida, mas tentando fazer cada dia um pouco mais bonito e mais especial quanto essas datas.

Agora deixa eu ir para lá, porque esse ano o Ano Novo é só com o namorado (início de uma nova tradição?) e o canelone e o pavê ainda aguardam para serem feitos.

Feliz 2012 para todos nós.

O meu já promete ótimas novidades logo de cara ;)

Bisous

Que hoje eu passei batom vermelho

Sábado entreguei meu último trabalho, assisti minha última aula e quase mandei um último beijo pra faculdade, não faltasse ainda um longo ano de 2012 pra tudo terminar. De qualquer forma minhas férias de 2011 chegaram, apesar de serem só na faculdade já que o ritmo de pesquisas, trabalho e textos prometem aumentar muito por aqui. Enquanto isso, filmes, livros e músicas vêm pra me confortar e pra me dar mais força pra esse começo de dezembro. E que ele venha poderoso pra fazer jus ao mês mais incrível do ano.

Comecei já no sábado a cumprir minha meta das férias que é ver um filme por dia, ou mais, até os votos de Feliz Ano Novo no dia 31. Pode ser besteira, mas desde que comecei a registrar meus filmes no filmow, fazer minhas listas mais organizadas no listography e levar o “1001 filmes para ver antes de morrer” que ganhei do Di a sério, comecei essa coisa louca de ver tantos filmes. Os escolhidos do final de semana foram “Sindicato de Ladrões” no sábado e “Quando Paris Alucina” no domingo. Tão diferentes entre si, mas com enredos bem interessantes, os dois me prenderam de jeitos diferentes. “Sindicato de Ladrões” tem todo aquele estrelismo de Marlon Brando na tela, que não é por menos. Aquela cara toda maquiada e toda metida a bad boy desempenhou uma das melhores atuações que eu já vi no cinema. Não que eu tenha visto muita coisa ou possa falar com propriedade sobre cinema, mas achei a atuação dele uma coisa meio impecável de se ver, quando fica difícil perceber onde termina ator e começa personagem. Além disso, o filme tem um enredo pra lá de excelente e é o tipo de longa que até a turma que não gosta muito de filmes antigos por causa do ritmo tem grandes chances de gostar.  Enquanto isso, “Quando Paris Alucina” é uma história super gostosa e relaxante de se ver. Eu nem preciso falar aqui o quanto eu amo a Audrey, e apesar de achar que ela tem outros filmes com atuações melhores, gosto da historinha divertida de total metalinguagem contida no enredo.

Já na segunda e ontem, terça, os filmes da vez foram “O clube dos cinco” e “Tudo sobre minha mãe”.

O clube dos cinco é um filme teenager da década de 80 que pode enganar a primeira vista. Toda aquela graça dos filmes adolescentes daquela época está lá, mas é uma maneira delicada, quase ingênua até de tratar sobre problemas dessa fase da vida. Quando você olha para o mundo a sua volta e vê que as pessoas, até aquelas que parecem mais incríveis e ‘populares’ têm problemas e que, no fundo, adolescentes são tão diferentes e absurdamente iguais ao mesmo tempo. Tudo sobre minha mãe, em compensação, é praticamente um hino em louvor às mulheres. As mulheres de nascença, as mulheres de opção, aos admiradores das mulheres e a todos aqueles que já tiveram grandes mulheres presentes em suas vidas. Quando o filme acabou, me peguei com a vontade de levantar e bater palma sem parar, mesmo sozinha no quarto.

Paralelo ao ritmo alucinante dos filmes, mas não muito longe, vêm os livros. O da vez é “A menina que brincava com fogo”, segundo livro da trilogia Millenium de Stieg Larsson. Daí aproveitei que a biblioteca da Unesp aumentou o prazo de devolução dos livros – férias, bebê, querem dizer devolução dos pequenos só dia 27 de fevereiro – e fiz a festa. Os quatro escolhidos –  número maior de livros que podem retirados de uma só vez – são “Crônicas de Nárnia – volume único”, do qual eu só li o primeiro livro, “História da Feiúra” do Umberto eco, que entrou ainda mais pra minha lista de desejados depois que li História da Beleza do autor, “O império do Efêmero”, que pretendo ler pela 1654165 vez (só que dessa vez com fichamento!) para pesquisa, e “Moda no século XX”, que eu conhecia de folhear e quero aproveitar pra ler de vez.

Enquanto isso no radinho de pilha (brinks, mas é fofo falar radinho de pilha) o que anda tocando é “Pitanga”, novo CD da Mallu Magalhães e a trilha sonora de “Submarine” do Alex Turner. Escutem e tirem suas próprias conclusões e em “Pitanga”, em especial percebam a mudança, pra bem, de Mallu. Percebe-se de longe a influência do Marcelo Camelo no CD.

Além disso tudo, estou em um ritmo alucinante de pesquisa e trabalhos paralelos, cheia de listas e desejos para o ano que vem (que aliás, tem show do Roger Water já garantido). As listas de sucesso pra 2012 logo virão pra cá, mas enquanto isso, vamos é esperar pelas festas de final de ano, sorrir muito pelos cantos, comer aquelas comidas deliciosas que parecem se multiplicar nessa época e aproveitar a beleza desse mês encantado.

O título do post? Além de ser verdade, veio daqui.

;)

História de uma gata

Há três categorias de coisas na vida: as que a gente ama, as que a gente odeia e aquelas que tão no meio termo das extremidades e muitas vezes tendem ao bom e velho ‘tanto faz’. E até poucos meses, gatos ocupavam essa terceira categoria na minha vida. Não que eu tivesse algum motivo para não amar os bichanos, mas quando isso acontece à questão não é ter motivos para não amá-lo, mas a falta de motivos para amá-lo.

Diferente dos cachorros, por quem eu sempre tive uma queda – leia-se coração batendo forte – os gatos nunca despertaram nada de muito importante para mim. Mas como eu disse ali em cima, até pouco tempo atrás.

Isso tudo porque há poucos mais de dois meses um filhote apareceu na garagem, miando amedrontado, faminto e, como todo filhote assustado e perdido da mãe, morrendo de medo de qualquer ser humano que se atrevesse a chegar perto. O gatinho – que mais tarde eu iria descobrir que era uma gatinha – aceitou a muito custo uma afagadinha na cabeça. Depois de mais um tempo, e com meu jeitinho (mentira, foi o Diego) convencemos a gatinha a entrar em casa. E veja bem, todo meu conceito foi por terra.

Pouco mais de dois meses depois, tenho achado todo gato na rua a coisa mais linda do mundo. Dei leite para um filhote de gato que achei na Unesp (depois de brincar por quase meia hora com o pequeno), fico procurando nomes que combinem com a carinha dos gatos que encontro aleatoriamente, me interesso a saber as pequenas peculiaridade da espécie e aprendi alguns hábitos dos bichinhos. Mais importante de tudo: a gatinha, toda hora que entro em casa, está aqui me esperando e não demora muito para pular no meu colo, encostar a cabeça nas minhas pernas e dormir o sono dos justos.

Salvo raridades, nossa vida é uma eterna mudança de categorias.

Ps1: a gatinha chama Sophie, está bem mais gordinha do que quando a encontramos, tem mostrado sua felicidade destruindo todos os fios que existem na casa, e me faz mais feliz sempre que se enrosca nas minhas pernas.

Ps2: O nome do post não é à toa.

Sophie <3