Dois anos depois

Logo no primeiro dia de dezembro eu e Diego fomos visitar uma amiga muito querida – aka Babi – e o Caio, seu namorado, em São Paulo. A visita tinha um motivo especial: em 2013 a Babi embarca para Santa Fé, Argentina, onde vai ficar por longos seis meses. Além da despedida e do abraço apertado que queríamos dar nela, já fazia dois anos desde que nós quatro havíamos nos reunido. Naquela época os dois vieram pra Bauru, então nada mais justo do que agora eu e Diego irmos visitá-los. E de quebra aproveitamos o passeio pra ir em diversos lugares legais – e finalmente levar o Di pra conhecer a Paulista, o que era uma vontade de muito tempo. Explico: desde que fiquei um tempinho em SP, me apaixonei perdidamente pela Paulista. Talvez um dia ainda faça um post explicando o porquê disso, mas em linhas gerais eu amo a mistura – de tipos, construções, idades e cores – que se encontram tudo-ao-mesmo-tempo-agora por lá. E quando tem lugares que eu gosto assim, de um jeito tão visceral, tenho vontade que outras pessoas que eu gosto também o conheçam. E pra mim a Paulista e Santo Antônio de Lisboa, em Florianópolis, são locais assim.
Espero, aliás, que esse segundo eu também tenha um dia a oportunidade de mostrar para o Diego.

Fomos no sábado de manhãzinha (manhãzinha mesmo, tipo cinco da matina e a gente já tava no ônibus) e nossos primeiro destino foi o apartamento do Caio, onde ficamos hospedados. Como por email nós já havíamos combinado mais ou menos o roteiro, partimos direto pra Paulista onde fomos caminhando até chegar na Augusta. Lá, em um restaurante vegetariano muito simpático, o Apfel, almoçamos e já colocamos boa parte da conversa em dia. Tudo bem que a gente sempre se comunica por facebook, gtalk e afins, mas como eu já disse aqui fazia dois anos desde que nos reunimos todos, então imaginem o tanto de assunto!

Fomos para a Livraria Cultura logo em seguida e olha, só confirmei algo que já batucava dentro de mim: eu poderia morar dentro daquele lugar. Amo a disposição dos livros, amo o espaço giga que tem pra gente sentar e ler o que quiser, amo o tanto de livros e revistas nada fáceis de achar, mas que lá a gente acaba sempre encontrando algum exemplar. Enfim, a Livraria Cultura é minha segunda casa.

Depois dessa parada fizemos ainda uma longa caminhada – com direito a uma rápida passagem pela lojinha da Lomography que claro eu me apaixonei perdidamente –, mas que tinha um destino certo: o MIS. Eu não conhecia o museu ainda, mas como os paulistanos gostavam bastante de lá e as exposições que tavam rolando super interessavam a mim e ao Diego nem precisou muita cerimônia pra colocar o museu no roteiro.

A primeira das exposições que vimos foi o “Projeto Keep Walking”, onde vários artistas prestaram sua homenagem a Madonna – que tava no Brasil fazendo shows –, através de pinturas. Essa exposição rolou até dia 16 de dezembro e ficava logo na entrada do MIS. Algumas das obras faziam referências claras à músicas e a própria imagem da Madonna, enquanto outras já pediam um pouquinho mais de paciência da gente pra tentar entender qual foi a sua inspiração.

A segunda exposição foi a “Arte e Cinema pelos pôsteres”. De um lado, os pôsteres  originais de filmes clássicos como Lolita, Laranja Mecânica e Jules e Jim e, do outro lado, releituras desses mesmos pôsteres. Como eu gosto pouco de cinema (só que não), fica legal ver as ideias e pequenos detalhes que deram origem pra cada releitura. Alguns pôsteres relembraram cenas famosas do filme e alguns criaram imagens mega minimalistas, mas que mesmo sozinhas representavam muito bem aquela história. Pra quem se interessar, essa exposição ainda tá rolando! Ela é gratuita e fica no MIS até 13 de janeiro de 2013.

A última, porém mais legal das três exposições, foi a “Brazilian International Game Festival”, ou a BIG, de forma abreviada e mais bonitinha de se chamar. Nem preciso dizer que o namorado quase teve um surto de tanta felicidade lá no meio, mas até pra nós três que não somos tão imersos quanto ele no mundo dos games, a BIG foi uma baita surpresa positiva. A exposição queria mostrar o trabalho de diversos games independentes que deram de lavada em muita produção giga por aí. E não dá pra concordar menos! Apesar da gente não ter participado das palestras e oficinas que rolaram sobre o assunto (elas já tinham sido em um outro dia), todos os games estavam lá ligados pra gente jogar o tempo que quisesse. Eram MUITOS jogos, sendo um mais divertido do que o outro. E todo mundo tá de prova que, mesmo depois de eu ter gasto o maior tempo jogando vários, o segurança ainda não tinha saído daquele que eu mais queria jogar!

Depois do MIS já tava começando a escurecer e como nós tínhamos combinado uma noite mais calminha no apartamento do Caio, pegamos um ônibus, fizemos uma rápida parada no McDonald’s e rumamos pro ap. Durante a noite jogamos desde “Eu garanto” até o  jogo dos Bastardos Inglórios – que por falta de nome fica sendo chamado assim mesmo.

Domingo de manhã foi dia de conhecer a Liberdade. Eu nunca tinha ido até lá, apesar de já ter lido sobre o bairro. Fiquei encantada! Tem que ter uma certa paciência pra andar por alguns lugares e enfrentar a multidão que vai se formando, mas a arquitetura, as lojinhas e toda aquela história que a gente já conhece do lugar, mas que quando vê ao vivo e a cores assim dá uma alegria difícil de explicar, fizeram valer cada minuto. Além de um jardim lindo de morrer que visitamos, conheci a Fancy Goods e oh lord, dá vontade de levar absolutamente tudo embora! Sabe aqueles itens de papelaria que você compra e sabe que depois vai morrer de dó de usar? Hahaha É bem por aí. Arrematei uma borrachinha de gatinho que é pura fofura, uma caderninho de “Keep calm and carry on”, uma cartela de adesivos e um post-it (sou viciada neles) de pinguim. Beijo pro Diego que me deu tudo de presente.

Almoçamos no Kohii, um restaurante que tem como proposta fazer o encontro do Brasil com o Japão. E eles conseguem! O restaurante tem uma decoração incrível com objetos, araras de roupas e diversas revistas brasileiras e japonesas. Essa parte de revistas, em especial, é muito legal. São vários sofás espalhados e se você quiser tomar só um café e ficar ali lendo, pode sentir-se à vontade. As paredes são forradas com jornais dos dois países e o cardápio, é claro, também faz uma mistura gastronômica bem legal.

Ainda passeamos por diversas lojas do bairro – inclusive em um sebo onde achei uma edição de “Lolita” que me acompanhou na viagem de volta – e depois fomos para o apartamento porque já tava na hora de arrumar as coisas pra voltar pra cidade lanche. Demos um último abraço apertado no Caio e na Babi e voltamos pra Bauru com a esperança certeza de que não esperaremos mais dois anos pra nos reunir.

  • Tirando as fotos de Instagram que são minhas, as outras são todas da Babi – essa gênia da fotografia. Deixei bem marcadinho quais são de Instagram porque né, as fotos da Bá se sentiriam ofendidas. Pra quem (até parece que não) se apaixonou pelas fotos dela, Babi tem uma lojinha online, a Mouton. Se ainda não garantiu seu presente de Natal, tá aí a oportunidade!
  • Tem muitas mais fotos da viagem, mas que ainda não estão comigo. As que já estão vou colocar aqui embaixo, e quando as outras chegarem, faço um post só de fotos :)

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instagram.com/paulinhav

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Um pensamento sobre “Dois anos depois

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